Desde sua criação, o plástico surgiu como uma alternativa eficaz para resolver problemas ambientais da época, apresentando soluções que beneficiaram a sociedade. É importante lembrar que toda forma de vida gera resíduos; cada respiração e função corporal resulta em subprodutos. Portanto, a geração de resíduos é uma parte inevitável da vida (Chris Dearmitt, 2020). O verdadeiro desafio não está na utilidade dos plásticos, que se mostraram uma escolha inteligente e sustentável em diversos contextos, mas sim em como lidamos com esses resíduos.
Muitas informações falsas e infundadas têm circulado na internet sobre as embalagens plásticas e plásticos em geral, gerando confusão e desinformação. Neste post, iremos desmistificar essas crenças, revelando como os plásticos são, na verdade, alternativas positivas para o meio ambiente e para a economia. Vamos explorar os mitos e verdades, destacando como essas soluções versáteis podem continuar a contribuir para um futuro mais sustentável!
Mito! Os plásticos são versáteis, maleáveis, duráveis e apresentam um excelente custo-benefício. Quando descartados corretamente, são recicláveis, contribuindo para o meio ambiente e beneficiando a sociedade e a economia de diversas maneiras, podendo gerar muitos empregos com a economia circular. E além disso, hoje existem plásticos desenvolvidos com tecnologias biodegradáveis, que contribuem ainda mais com a sustentabilidade.
Embalagens plásticas apresentam muitas propriedades de vital importância para as aplicações, incluindo peso leve, flexibilidade, durabilidade, amortecimento e propriedades de barreira, para citar alguns. Esta análise de substituição demonstra que a embalagens plásticas são uma escolha também eficiente em termos de impacto ambiental.” (Lifecyle Impacts of Plastic Packaging Compared to Substitutes in the United States and Canada, Franklin Associates, A Division of Eastern Research Group (ERG) 2018).
Mito! Na realidade, é improvável eliminar o uso de plásticos descartáveis. Especialmente em áreas como a médica, farmacêutica e alimentícia, os plásticos de uso único são fundamentais para garantir a higiene e a preservação de produtos. Em muitos casos, eles representam a segurança do que consumimos. O cuidado que temos que ter é após utilizá-los, fazer o descarte correto desses plásticos, reutilizá-los para outras coisas, se possível.
Verdade! O uso de embalagens plásticas flexíveis está em crescimento devido à sua eficiência e versatilidade, além de serem cada vez mais adaptadas a práticas sustentáveis, mostrando que vieram para ficar.
Verdade! Os plásticos têm sido essenciais para o avanço da medicina nos últimos 100 anos. Sem eles, muitos dos progressos que salvam vidas hoje não seriam possíveis. O plástico é utilizado em próteses, bolsas de sangue, para embalar equipamentos esterelizados, entre outras aplicações.
Mito! Os plásticos são materiais projetados e personalizáveis, com estruturas moleculares que permitem adaptar suas propriedades para atender a necessidades específicas de uso. Extremamente duráveis e versáteis, os plásticos podem ser flexíveis o suficiente para produzir sacolas de mercado ou robustos o bastante para suportar altas temperaturas. Além disso, são produzidos e transportados com um consumo menor de energia em comparação a outras opções, o que não compromete a qualidade.
Mito! Na verdade, os plásticos utilizados em embalagens para alimentos são seguros e inertes, ou seja, não reagem quimicamente com outras substâncias. No Brasil, a segurança desses materiais é regulamentada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por meio de normas rigorosas, que estabelece critérios de fabricação e uso para garantir a ausência de contaminação dos alimentos. Além disso, os plásticos preservam e prolongam a vida útil dos produtos, assegurando que cheguem em perfeitas condições aos consumidores.
Mito! Os plásticos respondem por apenas 13% do lixo, reduzem o desperdício geral e substituí-los levaria à geração de três ou quatro vezes mais resíduos (Chris Dearmitt, 2020).
Mito! Plásticos comuns como PE, PP e PET são as melhores escolhas de acordo com várias análises independentes de ciclo de vida em todo o mundo. A substituição do plástico resulta em muito mais material usado, mais energia consumida, mais resíduos e mais CO2 (Chris Dearmitt, 2020).
A Franklin Associates fez uma análise da vida útil de materiais e descobriu que o PET era significativamente mais ecológico em todas as três categorias, porque criava menos gases do efeito estufa, usava menos energia e gerava menos resíduos do que o alumínio ou o vidro. O relatório mostra que migrar do PET para o alumínio significaria dobrar o CO2 e o desperdício, e consumir cerca de 50% a mais de energia (Chris Dearmitt, 2020).
Mito! Seja o lixo de papel, metal, vidro ou plástico, a origem da poluição é o comportamento humano, e a solução é mudar esse comportamento por meio de educação e regulamentação (Chris Dearmitt, 2020).
Mito! Na verdade, plásticos padrão se degradam ao ar livre em alguns anos, ou até mais cedo, a menos que sejam estabilizados (Chris Dearmitt, 2020).
Dizem que os plásticos duram mil anos quando experimentos comprovam que sacolas plásticas de supermercado se desintegram em menos de um ano, e que outros plásticos comuns também se degradam rapidamente ao ar livre (Chris Dearmitt, 2020).
Os plásticos são materiais orgânicos e se degradam a taxas semelhantes às de outros materiais orgânicos como folhas, alimentos, algodão e assim por diante. Os polímeros também se degradam completamente no ambiente, por meio de reações químicas semelhantes a outros materiais orgânicos. A tabela a seguir resume a degradação de vários materiais em diferentes condições (Chris Dearmitt, 2020).
Vale lembrar os materiais demoram mais tempo para se degradar nos aterros sanitários pois os aterros atuam como sequestradores de CO₂, evitando contato dos materiais com o ar e prolongando a decomposição por centenas de anos. Além de proteger o solo, o ar e a água de contaminantes como chorume e gases, os aterros possuem sistemas que captam o biogás – composto por CO₂, metano e vapor d’água. Esse biogás pode ser aproveitado para gerar energia ou queimar o metano, o que gera créditos de carbono, convertendo-se em benefícios para os municípios e incentivando práticas mais sustentáveis.
A discussão sobre as embalagens plásticas e sua sustentabilidade é fundamental para desmistificar preconceitos e promover uma compreensão equilibrada do tema. É essencial reconhecer que os plásticos, quando utilizados e descartados corretamente, oferecem soluções práticas e econômicas que beneficiam tanto a sociedade quanto o meio ambiente. Com tecnologias avançadas, incluindo opções biodegradáveis, os plásticos podem contribuir para a redução de resíduos e promover a economia circular. Ao incentivar o descarte responsável e a reciclagem, podemos transformar a percepção sobre os plásticos, construindo um futuro em que essas embalagens sejam vistas como aliadas na busca por soluções sustentáveis e eficazes.
PLÁSTICO AMIGO. 6 mitos e fatos sobre o plástico. Disponível em: https://www.plasticoamigo.com.br/6-mitos-e-fatos-sobre-o-plastico/. Acesso em: 28 out. 2024.
DEARMITT, Chris. The Plastics Paradox: Facts for a Brighter Future. Tradução de Sibele Piedade Cestari. 1. ed. Terrace Park, OH: Phantom Plastics LLC, 2020. ISBN 978-0-9978499-6-7.